Os novos prefeitos dos 36 maiores municípios de Minas Gerais apostam em tecnologia e inovação como estratégias-chave para modernizar a administração e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos, aponta um levantamento feito pela Betha Sistemas, referência em soluções tecnológicas para gestão pública. Realizada a partir dos planos de governo, a análise revela que a digitalização dos processos administrativos, a telemedicina e o uso de ferramentas inteligentes em educação são algumas das prioridades dos gestores para os próximos quatro anos.
O estudo se concentrou nas cidades com mais de 100 mil habitantes, conforme estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2024: Belo Horizonte, Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora, Montes Claros, Betim, Uberaba, Ribeirão das Neves, Governador Valadares, Divinópolis, Ipatinga, Sete Lagoas, Santa Luzia, Ibirité, Poços de Caldas, Patos de Minas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Varginha, Conselheiro Lafaiete, Sabará, Vespasiano, Barbacena, Araguari, Itabira, Passos, Nova Lima, Araxá, Nova Serrana, Lavras, Coronel Fabriciano, Muriaé, Ubá, Ituiutaba, Itaúna e Pará de Minas. Juntos, os municípios concentram mais de 10 milhões de habitantes.
Entre as áreas com mais menções, a saúde foi o principal destaque. Iniciativas de telemedicina, por exemplo, estão previstas em mais de 50% dos municípios. Capital do estado, Belo Horizonte lidera a previsão de orçamento para a saúde digital, destinando R$ 1 bilhão para a modernização de serviços. Desse montante, 20% deve ser direcionado para a implementação de telemedicina em Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Governador Valadares e Divinópolis também planejam incorporar a telemedicina como parte de estratégias para reduzir filas de espera e melhorar o atendimento nas redes municipais, assim como Sete Lagoas e Teófilo Otoni, que apostam na medida como uma solução para melhorar o acesso a especialistas em regiões mais afastadas.
Ipatinga e Montes Claros, por sua vez, pretendem ampliar o uso de tecnologias para agendamento de consultas e exames por aplicativos, enquanto Juiz de Fora aposta na implantação de sistemas de monitoramento em tempo real da fila de espera no SUS. Já Uberaba e Lavras planejam criar sistemas de prontuário eletrônico integrados. Em Contagem, o plano inclui o fortalecimento da saúde digital com sistemas inteligentes para gerenciamento de leitos hospitalares e gestão integrada de farmácias municipais.
70% dos planos incluem tecnologias na educação
Ainda segundo o levantamento, 70% das cidades menciona investimentos em tecnologias educacionais, como salas de aula digitais e espaços makers. Caso, por exemplo, de Juiz de Fora, que aposta na criação de espaços makers e no ensino de robótica em todas as escolas municipais.
Em Ipatinga, o foco será a ampliação de laboratórios de informática e a implementação de ferramentas digitais para personalizar o aprendizado. Já Poços de Caldas prevê equipar 100% das escolas municipais com Wi-Fi e dispositivos interativos, enquanto Patos de Minas prioriza o uso de plataformas digitais para acompanhamento do desempenho dos alunos.
Nas cidades de Nova Lima e Barbacena, os planos mencionam a introdução de programas bilíngues e de educação tecnológica, com ênfase em programação e pensamento computacional. No município de Pouso Alegre, a ideia é construir um centro educacional de inovação, com infraestrutura moderna voltada para o aprendizado digital.
Governança digital
A análise destaca ainda a prioridade para a modernização administrativa, com 90% dos planos prevendo a digitalização de serviços e o uso de plataformas integradas para aumentar a eficiência e a transparência da gestão pública.
Para Aldo Garcia, CEO da Betha Sistemas, as estratégias apontadas pelo levantamento não só otimizam recursos e processos, como também colocam os cidadãos no centro das políticas públicas, tornando os municípios mais inclusivos.
“Os prefeitos que assumiram para novos mandatos demonstram alinhamento com tendências globais ao apostar em tecnologia e inovação como estratégias-chave para transformar a gestão pública e promover cidades mais eficientes, acessíveis e preparadas para os desafios do futuro”, comenta.