Os professores das universidades e institutos federais terão até o dia 3 de julho para saírem da greve, que já dura mais de dois meses. No fim de semana, o Comando Nacional de Greve (CNG) do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) comunicou que foi decidido, por maioria, colocar fim à mobilização docente.
O termo de acordo apresentado pelo governo Lula (PT) deverá ser assinado nesta quarta-feira (26/6) e o Comando Nacional de Greve será amanhã (27).
Em nota, o Andes afirmou que, “embora insuficiente”, reconhecem que a proposta do governo preserva o saldo político e organizacional positivo da greve.
O sindicato demandava um reajuste salarial ainda em 2024. O governo, porém, não ofertou correção em 2024, prevendo reajuste nos dois próximos anos: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.
“Ainda que os termos do acordo apresentado pelo governo federal não atendam adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas, refletem avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial”, completou o Andes.
Até então, o termo de acordo com o governo federal só havia sido assinado pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) e a mobilização na maior parte das instituições continuava.
Além do reajuste, o acordo prevê reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira docente. O acordo terá impacto fiscal de R$ 6,2 bilhões em dois anos.