O enoturismo agora é oficialmente foco de política pública em Minas Gerais. Com o objetivo de atrair visitantes e investimentos, gerar emprego e renda, o governo de Minas criou a Rota dos Vinhos, que abrange oito regiões produtoras no Estado. O anúncio foi realizado nesta segunda-feira (19) no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, pelo governador Romeu Zema, pelo vice-governador Professor Mateus, com a presença de mais de 40 produtores de 20 municípios mineiros.
Para dar início à estruturação da Rota dos Vinhos, foi assinado um protocolo de intenções entre o governo de Minas, o Sebrae Minas e a Fiemg, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As oito regiões contempladas pelo programa são: Zona da Mata, Triângulo Mineiro, Sul/Sudoeste, Oeste, Norte, Metropolitana, Jequitinhonha, Central e Campo das Vertentes.
O governador destacou o potencial turístico e produtivo do setor em Minas. “A vinicultura vem passando por um crescimento exponencial, e isso significa um crescimento a longo prazo enorme. E queremos aproveitar todo o potencial que a cultura da uva e a produção de vinho têm para despertar o interesse das pessoas. O Brasil ainda é um país que consome pouco vinho, mas com o aumento da renda, esse produto é cada vez mais consumido, gerando interesse crescente”, afirmou Zema.
Coordenada pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), o Sebrae Minas e a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), a iniciativa vai fomentar a expansão do setor de vinicultura, que contempla a produção de vinhos, e a vitivinicultura, para o produtor que também produz uvas in natura além da bebida.
A Rota dos Vinhos se baseia na crescente popularidade do enoturismo no Brasil. De acordo com o Sebrae, 85% das vinícolas nacionais têm investido na atividade, acompanhando um aumento anual de até 15% no número de visitantes interessados na cultura do vinho, conforme dados da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra).
Para o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, a Rota do Vinho é um passo decisivo para consolidar Minas Gerais como um destino de referência no enoturismo brasileiro, unindo tradição e inovação para consolidar a identidade cultural do Estado. “Essa iniciativa não apenas valoriza a produção vinícola local, mas também cria uma nova rota turística que atrai visitantes e promove a riqueza cultural das regiões produtoras. Estamos construindo uma experiência enoturística que gera desenvolvimento econômico, preserva o patrimônio e reforça o orgulho mineiro”, concluiu o secretário.
Produção de vinhos em Minas Gerais
Atualmente o Estado registra cerca de 100 produtores de vinhos, um avanço da cultura se comparado aos números de 2020, quando eram cerca de 50 produtores. A estimativa é de que o mercado movimente R$ 120 milhões por ano.
Atualmente estão registrados mais de mil hectares de vinhedos conduzidos com a técnica da dupla poda, o que permite colheita em diferentes épocas do ano. Além disso, há uma estimativa de aumentar mais 250 hectares por ano.
A produção estimada, quando toda a área plantada estiver em produção, é de 4 mil toneladas de uvas e 2,4 milhões de litros de vinho. (Com informações da Agência Minas).