A Irmandade Negra da Capela dos Santos Pretos de Lavras (foto) promoverá a Festa da Abolição. O encontro relembra e comemora a abolição da escravatura no país, ocorrida em 13 de maio de 1888.

A festa busca lembrar a luta pela liberdade e a resistência do povo negro, além de fortalecer a luta por igualdade racial. Ela acontecerá no próximo dia 31, às 19h, na rua Alfredo Marani, 124, no bairro Cruzeiro do Sul.
A celebração apresenta a herança africana através da imagem da Escrava Anastácia (foto), cujo cortejo percorrerá as ruas do bairro, e busca envolver a comunidade em atividades que reforçam a identidade e a memória cultural.

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Lavras á única cidade do Sul de Minas a possuir uma imagem da Escrava Anastácia. Cultuada pelas religiões de matriz africana, a Escrava Anastácia é venerada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. Ela é símbolo de uma mulher exuberante, forte e guerreira, sendo conhecida por reagir e lutar contra a opressão do sistema de escravagista. Seu culto no Brasil teve origem no ano de 1968. A imagem da escrava ficou popularmente conhecida por ser representada com uma mordaça de ferro em seu rosto, retirada apenas para que pudesse se alimentar. Ela faleceu no Rio de janeiro.
A imagem da Escrava Anastácia tem como modelo os santos de roca, usados, por conta de sua leveza, em procissões católicas desde o século XVIII. O entalhe consiste das mãos, cabeça e pés da imagem, que são montados numa estrutura de madeira e cobertos por tecido. A peça em madeira foi esculpida pelo artesão e restaurador lavrense Alexandre Reis de Souza, que traz no currículo diversos serviços prestados ao restauro e criação de peças sacras em Lavras e no Brasil.
 
 









 
                                         
                                        







