A Universidade Federal de Lavras (UFLA) informa que a criança diagnosticada com escarlatina na última semana, estudante do Colégio de Aplicação Núcleo de Educação da Infância (CapNedi/UFLA), está recuperada e passa bem.
De acordo com o médico da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Praec/UFLA), Silvio Menicucci, infectologista, o estreptococo do grupo A é um causador comum de faringite e amigdalite bacterianas agudas e de infecções cutâneas em crianças e, apenas em casos menos comuns, pode causar infecções invasivas (o que não ocorreu no caso da estudante do CapNedi/UFLA).
Segundo a Nota Informativa CIEVS/CELP/SVE nº 4703/2023, publicada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) em 28 de outubro de 2023, “neste período do ano, são observados casos de faringoamigdalite e de escarlatina em todo o estado. A SES-MG reforça que , em caso de sintomas como febre, dor de garganta, descamação da pele ou manchas pelo corpo, a orientação à população é procurar uma Unidade Básica de Saúde para avaliação clínica, diagnóstico precoce e correto, além do tratamento adequado”.
A escola foi informada do diagnóstico no dia 25/10, data a partir da qual a criança não frequentou as atividades escolares. A direção do CapNedi informou aos pais, e solicitou que se atentassem a possíveis sintomas em outras crianças; porém, segundo os registros da escola, nenhum outro aluno apresentou sinais da doença. De acordo com a Coordenadoria de Saúde Praec, a recomendação, nesses casos, é que a criança infectada receba cuidados médicos e não tenha contato com as demais por até 24 horas após o início do tratamento com antibióticos. Os cuidados de higienização constante também são importantes, e são permanentemente observados pelo CapNedi.
Já a Nota Técnica nº 6/SES/SUBVS-CIEVS/2023, também emitida pela SES/MG, diz também que em “em escolas, creches ou outros ambientes onde muitas pessoas estejam próximas, a prevalência de colonização de nasofaringe por bactérias estreptococo do grupo A em crianças saudáveis pode chegar a 25%, mesmo na ausência de um surto de doença estreptocócica. Por esse motivo, a testagem de contactantes de sala de aula não é indicada”.Também não há, neste momento, indicação para que as crianças deixem de ir à escola.
Com base nas orientações, o CapNedi mantém funcionamento normal. A Coordenadoria de Saúde da Praec/UFLA permanece atenta ao cenário de saúde no município e a eventuais novas recomendações para o ambiente escolar.
Características da escarlatina
Erupções cutâneas associadas a sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e inchaço no pescoço – as chamadas “ínguas”. A pele também fica áspera, com aspecto de lixa, e a língua fica mais vermelha e com aspecto irregular, como uma framboesa. A transmissão da bactéria pode ocorrer através do contato com saliva, secreção nasal, secreção de feridas de indivíduos infectados ou através do contato com superfícies contaminadas.
O que fazer em caso de sintomas? Procurar atendimento médico. O tratamento é feito com antibióticos.