A FDA, a agência de vigilância sanitária dos EUA, aprovou uma vacina brasileira para o combate ao câncer de próstata. Pela primeira vez, há um medicação com esse grau de eficiência a ser aplicada de forma ampla. Porém, são necessários mais testes para que possa ser comercializada.
De acordo com os dados apresentados no estudo preliminar, a imunoterapia individualizada diminui a recorrência da doença de 37% para 12%. Já a mortalidade entre pacientes tratados caiu de 12,8% para 4,3%.
Por enquanto, a vacina terapêutica, por ordem da FDA (Food and Drug Administration, agência reguladora dos Estados Unidos), estará em fase de testes, em 21 centros de pesquisa no país e tem duração de 22 meses.
Todos os resultados dessa fase de estudos precisam ser validados em 230 pacientes norte-americanos. Só, em seguida, a imunoterapia poderá estar disponível nos Estados Unidos.
No Brasil, a equipe tentará garantir a aprovação junto à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para o triênio 2023-2025, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71,7 mil novos casos por ano, no Brasil.
A vacina é criada a partir das células tumorais do próprio paciente. Assim, busca fortalecer o sistema imunológico contra o câncer e reduzir a reincidência, somando-se aos tratamentos convencionais.
Nos Estados Unidos, a previsão é que a aplicação inicial dos dados imunológicos esteja disponível dentro de 90 dias, avaliando a resposta dos pacientes ao tratamento
O médico e cientista Fernando Thomé Kreutz, da PUC-RS, que lidera a pesquisa, disse que resultados anteriores em pacientes brasileiros indicaram redução de recorrências e mortalidade, conforme publicação do INCA .