Com o aumento dos casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas nas últimas semanas, o Centro de Referência em Análise de Qualidade de Cachaça da UFLA registrou crescimento na procura por testes e orientações de produtores.
Segundo a coordenadora do Centro, professora Maria das Graças Cardoso, a análise de mais de 400 laudos de 2024 e 2025 mostra que o metanol aparece como “não detectado” ou em níveis muito baixos — o máximo foi 1,47 mg/100 mL de álcool anidro, bem abaixo do limite de 20 mg/100 mL permitido pelo Mapa. Ela explica que a correta filtragem do caldo de cana e o descarte da fração cabeça na destilação evitam a presença de metanol na cachaça.
Pesquisadores da Escola de Ciências Agrárias de Lavras (Esal/UFLA) também estudam o uso da espectroscopia no infravermelho próximo (NIR) para detectar rapidamente o metanol em bebidas. Os testes mostraram alta precisão, podendo ser aplicados por órgãos fiscalizadores e produtores para reduzir custos e evitar fraudes.
Participam do estudo os professores Paulo Ricardo Gherardi Hein, Thiago de Paula Protásio e Paulo Fernando Trugilho, além dos doutorandos Luiza Mendonça Bonfim Tavares e Thalles Loiola Dias, e a técnica Vanuzia Rodrigues Fernandes Ferreira.
As análises são realizadas desde 2000 pelo método de Cromatografia Gasosa por Detecção de Ionização de Chamas (GC/FID).
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