Insatisfeitos com a negativa do governo de Minas Gerais em atender o pedido de recomposição de perdas inflacionárias nos salários dos servidores da segurança pública, policiais civis prometem diminuir o ritmo de trabalho em todas as delegacias do Estado por tempo indeterminado.
O movimento recebeu adesão dos policiais da Delegacia Regional de Lavras. A medida visa pressionar o Executivo, que ofereceu reajuste salarial de 3,62%, ante o pedido de 41,6% feito pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol-MG). Servidores da Polícia Civil têm recebido orientação do sindicato para adotar o regime de restrições desde a semana passada.
Na prática, a medida pode retardar o atendimento a ocorrências e prejudicar a execução de operações da corporação em todo o Estado. O presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira, nega que a categoria fará paralisação, mas argumenta que há risco de que o serviço pare devido à falta de condições de trabalho.
A categoria cobra que o governo de Romeu Zema (Novo) reajuste os vencimentos em 41,6%, referente a perdas sofridas nos últimos sete anos. O Executivo, por sua vez, propõe a revisão geral do subsídio e do vencimento básico dos servidores públicos civis e militares do Poder Executivo, calculado em 3,62% e retroativo a janeiro de 2024.
A proposta já foi encaminhada à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e aguarda análise da Comissão de Constituição e Justiça.