quinta-feira , 21 novembro 2024
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O homem da empadinha: as histórias do vendedor José Augusto  

O vendedor de empadinha José Augusto, 78 anos: história de vencedor.

Há 35 anos ele cruza as ruas do centro de Lavras com seu balaio carregado de empadinhas para vender para sua clientela. Por detrás do homem de estatura pequena e atarracada, se esconde um gigante do empreendedorismo local.

Prestes a completar 79 anos no próximo dia 13 de março, o vendedor José Augusto começou a trabalhar cedo junto de seu pai, Delfino de Souza, que mantinha um armazém na comunidade rural Boa Vista, em Lavras. O negócio familiar funcionava na fazenda do ex-prefeito João Modesto.

O vendedor chegou a abrir seu próprio armazém em Ijaci, para onde tinha se mudado com a esposa, Fátima da Conceição Augusto, mas passado alguns anos, o negócio não vigou. Com dois filhos, Igor Antonio e Michele, hoje professores na rede escolar pública daquele município, o casal precisava ganhar a vida de outra maneira.

O vendedor acatou a sugestão da esposa, Fátima da Conceição Augusto, e passou comercializar as empadas produzidas por ela nas ruas de Lavras. Ao longo dos anos conquistou uma grande clientela na cidade.

“Eu criei meus filhos vendendo minhas empadinhas. Eu me considero um vencedor. Não foi fácil enfrentar esse desafio. Enquanto eu estiver andando vou continuar a vender empadinhas”, afirma.

José Augusto conta que ingredientes naturais e frescos compõem o segredo de uma boa empadinha. “Só fazemos uso de material de primeira qualidade”. As empadinhas são comercializadas por R$ 2,00 a unidade. Um preço convidativo quando comparado ao valor cobrado pelo comércio da cidade.

O “homem da empadinha”, como é popularmente conhecido, tem uma jornada de trabalho rígida. A fabricação das empadinhas começa às 6h da manhã, sendo que elas ficam prontas por volta das 14h. Saídas do forno, as 140 unidades do produto são acondicionadas carinhosamente no seu balaio para serem vendidas.

Depois de José Augusto cruzar de ônibus a MG 335, estrada que liga Lavras a Ijaci, as empadinhas chegam até sua clientela às 15h. O vendedor conta que as vendas caíram muito depois da pandemia da Covid 19.  “O povo ficou sem dinheiro. Não vi melhora depois dela, mas a gente não pode desistir”, encerra.

 

 

 

 

 

 

 

 

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