O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli (1936-1923) será homenageado neste sábado (10) pela Escola de Samba Mancha Verde, no Carnaval de São Paulo. O desfile acontecerá às 4h40 da manhã.
Com o enredo “Do Nosso Solo Para o Mundo: O Campo Que Preserva, O Campo Que Produz, O Campo Que Alimenta”, a agremiação destacará a importância do setor agropecuário na cultura brasileira, homenageando desde os indígenas e a mandioca até os ciclos econômicos do país, como a cana-de-açúcar, o café, a borracha e o cacau.
Paolinelli, que liderou a Revolução Agrícola Tropical Sustentável, é um dos pontos altos do desfile, que buscará mostrar o lado humano do agro, que muitas vezes enfrenta dificuldades na comunicação com a sociedade.
Nascido em Bambuí (MG), o ex-ministrou estudou no Instituto Presbiteriano Gammon e se formou no curso de Agronomia da Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), atual UFLA, onde foi professor e diretor entre 1966 e 1971.
Trajetória
Em 1974, foi secretário de Estado de Agricultura de Minas Gerais. De 1974 a 1979, o mineiro foi ministro da Agricultura. Quando ministro, modernizou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ajudou no desenvolvimento do Proálcool. Posteriormente, presidiu a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e elegeu-se deputado federal por Minas Gerais nas eleições de 1986, fazendo parte da Assembleia Nacional Constituinte, de 1987 a 1988.
Foi chefe da Delegação Brasileira na Conferência Mundial de Alimentos da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO) e presidente da Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior do Brasil. Em 2006, Paolinelli foi laureado com o prêmio World Food Prize, que condecora personalidades que contribuíram significativamente para o aumento da qualidade e da quantidade de alimentos no mundo. Foi também presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e do Instituto Fórum do Futuro, além de embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Em 2021, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pela contribuição e dedicação à agricultura tropical, segurança alimentar e sustentabilidade que as novas tecnologias trouxeram à produção de grãos no Cerrado brasileiro em larga escala.