A estudante do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Lavras (UFLA) Camila Viana Lessa Barbosa reproduziu, por meio de impressão 3D, instrumentos de liberação miofascial, normalmente utilizados em técnicas de fisioterapia que previnem lesões e aliviam dores musculares. Os desenhos das peças foram elaborados com base em modelos que já são comercializados em madeira e aço inox, utilizando programas computacionais especializados. As peças produzidas pela impressora 3D utilizam o plástico ABS, material considerado de boa resistência.
O projeto foi desenvolvido com a finalidade de atender à demanda do Programa Atenção à Saúde de Idosos, Prevenção e Reabilitação, projeto de extensão desenvolvido pela UFLA na Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), em Lavras. A iniciativa conta com a parceria do professor do Departamento de Engenharia da UFLA Flávio Alves Damasceno, que atua na área de Desenho Técnico e Impressão 3D, e do professor do Departamento de Educação Física Marco Antônio Gomes Barbosa, coordenador e fisioterapeuta do projeto de extensão da UFLA.
A estudante afirma que “a doação possibilitou a inserção da técnica de liberação miofascial nas consultas, promovendo diversos benefícios à vida e à saúde dos idosos, bem como evidenciou como a tecnologia de impressão 3D pode contribuir para diversas áreas”. O professor Marco Antônio explica que “a liberação miofascial é uma terapia manual que previne lesões e alivia dores musculares. O método é utilizado na fisioterapia com aparelhos específicos ou somente com as mãos, pressionando pontos específicos do corpo a fim de liberar o tecido fibroso que reveste os músculos”.
Projetos da UFLA utilizando impressão 3D já atenderam crianças da Associação Equoterapia e Equitação Lagoa dos Ipês e do Núcleo de Educação da Infância da UFLA (Nedi/UFLA). De acordo com o professor Flávio, “a utilização do conhecimento adquirido pelos estudantes na disciplina de Desenho Técnico e sua aplicação na impressão 3D têm proporcionado melhorias à sociedade lavrense, principalmente na construção de brinquedos pedagógicos que são utilizados por crianças autistas. Agora, podemos ver outro emprego dessa técnica, ao proporcionar melhorias à saúde e ao bem-estar de idosos. Tudo isso a um custo reduzido, quando comparado ao encontrado comercialmente”.