quarta-feira , 15 janeiro 2025
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É Dia do Rock, Bebê: Um papo com Mário Figueiredo Filho, o Marinho  

“O rock perdeu espaço não só no Brasil, como no mundo. Há um público fiel, mas é um nicho", observa Mário Figueiredo Filho, o Marinho.

Por Marco Bissoli

Foi em 1977 que um menino lavrense descobriu a capa do LP da banda americana Kiss. Ele foi fisgado pela maquiagem, o estilo e a postura do grupo. Nascia naquele instante uma paixão pelo rock. Intensa. Visceral.

Ao olhar pelo retrovisor da memória para aquele mesmo garoto, o hoje homem maduro Mário Figueiredo Filho, o Marinho, 52 anos, tem a certeza que fez a escolha certa.

Advogado e professor, ele é um dos mais conhecidos roqueiros da cidade. Seu amor pelo gênero musical pode ser medido pela quantidade de vinis, CD’s, livros e DVD’s da sua gigantesca coleção pessoal.

Para celebrar o Dia Mundial do Rock, comemorado neste sabadão (13), o Curta Lavras foi bater um papo Marinho. Muito mais que um simples colecionador, ele também é um pesquisador atento do gênero.

Gene Simmons, Paul Stanley, Ace Frehley e Peter Criss: capa do primeiro disco da banda Kiss.

“O rock me fez ver o mundo de outra maneira. Ele me abriu os olhos para a literatura, a história e a cultura em geral. Muitos discos trazem uma mensagem, como é o caso do rock progressivo, que dialoga com a música erudita. O rock me fez conhecer outros gêneros musicais”, afirma.

Fã de Emerson, Lake & Palmer, Yes, Beatles, Marinho também tem dedicado sua atenção ao rock brasileiro nos últimos anos. Grupos como Secos & Molhados, Patrulha do Espaço, Mutantes, Made in Brasil, além de bandas alternativas pouco conhecidas do grande público, ganham cada vez mais a sua atenção.

Se o rock virou febre nos Brasil nos anos 70, 80 e 90, ele perdeu a sua relevância nos últimos anos no país, indo na contramão de outros gêneros musicais, como o sertanejo, axé music, samba e funk, que ganharam a atenção da maior parte dos ouvintes.

“O rock perdeu espaço não só no Brasil, como no mundo. Há um público fiel, mas é um nicho. É o pessoal que aprecia, coleciona e corre atrás. Mas eles estão fora da grande mídia”, observa.

Para Marinho, os velhos tempos ainda deixam saudades. “Nós tivemos a MTV que sempre deu espaço para o rock, bem como as revistas nacionais e importadas. Eu sinto falta de tudo isso. Eu sou um cara da mídia física, hoje está tudo na Internet. Não há um aprofundamento do assunto, as coisas funcionam de forma mais superficial”, finaliza.

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