O Cruzeiro da Pedreira será cenário de uma tradição da cultura negra no próximo do domingo (24). A tradicional lavagem de suas escadarias, promovida pelo Castelo São Jorge Nagô, acontecerá a partir das 16h.
O cortejo, que percorrerá a rua Alfredo Marani em direção ao Cruzeiro da Pedreira, trará a imagem da Escrava Anastácia. Haverá apresentação das guardas de congada e samba de roda após o final da cerimônia.
O evento integra a programação do Novembro Negro, Mês da Consciência Negra, promovido pela Secretária de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SCELT).
História
Monumentos religiosos tradicionais na Europa e América do Sul, os cruzeiros trazem elementos alusivos à Paixão de Cristo. Localizado a Rua Cristiano Silva, o Cruzeiro da Pedreira era antes chamado Morro da Forca.
Ele foi assim denominado por ter sido o local em que o escravo Joaquim Congo foi enforcado, no dia 26 de junho de 1939, após matar o senhor de escravos José Pimenta a enxadadas.
O Cruzeiro passou por várias transformações. Em 29 de maio de 1896, ele caiu, atingido por raio de uma forte tempestade, sendo reerguido em agosto do mesmo ano através do trabalho do carpinteiro Joaquim Chapudo e o padre lazarista Henrique Lacoste.
O terceiro Cruzeiro fora novamente reconstruído em 1910, e o quarto em 1928, pela União dos Moços Católicos de Lavras. O quinto, e atual, foi feito em concreto em 1956, estando presentes na inauguração o padre Clemente Kollhoff e Bi Moreira, como orador. O monumento foi tombado pelo Patrimônio Histórico Municipal em 2015.