Em busca de melhores condições para a educação públicafederal, de reajuste salarial e de melhorias no plano de cargos e carreiras, professores e servidores técnicos-administrativos de universidades e institutos federais de todo o Brasil permanecem em greve há cerca de dois meses.
Em Minas Gerais, a paralisação foi deflagrada em 11 instituições: as universidades federais do Triângulo Mineiro (UFTM), de Juiz de Fora (UFJF), de São João del Rei (UFSJ), de Viçosa (UFV), de Minas Gerais (UFMG), de Ouro Preto (UFOP), de Uberlândia (UFU) e de Lavras (UFLA), o Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-MG), e os institutos federais de Minas Gerais (IFMG) e do Sul de Minas. Dessas, apenas a UFMG retomou as aulas em 5 de junho.
Com o avanço das mobilizações, o governo Lula (PT) apresentou propostas de reajuste de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026 para docentes. Em relação aos técnicos, um possível acordo prevê 9% em janeiro de 2025 e 5% em 2026.
No entanto, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) pede recomposição salarial de 3,69% ainda em 2024, além de 9% em 2025 e outros 5,16% em 2026.
Hospital
Na segunda-feira (10), o governo Lula anunciou que vai destinar R$ 5,5 bilhões, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), para consolidação e expansão das universidades e dos hospitais universitários federais.
Em Minas Gerais, a medida deve abrir um novo campus da UFOP na cidade de Ipatinga, além de reiniciar obras para novos hospitais universitários da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
“É preciso sublinhar que as medidas anunciadas resultam da força e do apelo da pauta defendida pelo movimento grevista”, destacou o comunicado nº 72/2024 do Comando Nacional de Greve (CNG) do Andes-SN.