Um experimento realizado pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) mostra que o Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, pode picar até mesmo por cima da roupa.
O estudo, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa Biomética (Nupeb) da instituição, indica que mesmo sob tecidos a fêmea do mosquito pode picar devido ao tamanho do aparelho bucal.
A possibilidade do mosquito contaminar com a picada através da roupa, liga o sinal de alerta para o uso correto do repelente. De acordo com a coordenadora do Nupeb-Ufla, a forma correta seria fazer o primeiro uso do repelente antes de vestir as roupas e depois, uma nova colocação, já com as vestimentas.
“Quando a gente fala de repelente, indiscutivelmente passar sob as áreas descobertas é o mais importante, pois é o que está mais atrativo para a fêmea desse inseto. Mas, como sabemos que mesmo com a roupa esse inseto vai ser atraído, é importante que antes de vestirmos a blusa e a calça, a gente passe o repetente no corpo e, assim que terminar esse repelente, vestir a vestimenta habitual para também evitar um pouco mais o contato com o inseto”, pontuou Joziana Barçante.
Os testes para a realização do experimento foram feitos com insetos não contaminados, criados em laboratório.