A Revista dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Revista ABC), órgão oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia e principal publicação do tipo na América Latina, trouxe em sua última edição um relato de caso que trata de uma cirurgia percutânea (sem abertura da caixa torácica) realizada esse ano pela equipe do Dr. Marcos Cherem, cardiologista do Hospital Vaz Monteiro e autor do artigo.
Trata-se da primeira vez que a equipe médica de um hospital de Lavras encabeça um artigo publicado na Revista ABC. A seção “Relato de Caso” visa divulgar técnicas inovadoras para doenças cardiovasculares graves e desafiadoras, como este procedimento realizado no Vaz Monteiro.
O artigo intitulado “Oclusão do Apêndice Atrial Esquerdo e Implante de Sistema Bicaval: Relato do Primeiro Procedimento Transcateter Simultâneo em Paciente Idoso Grave”, demonstra a realização de dois procedimentos complexos e simultâneos em ambos os átrios no coração de um paciente de 88 anos, situação na qual “as possibilidades de tratamento clínico haviam chegado ao limite levando a uma grande descompensação cardiológica e renal, com falência das funções desses órgãos”, destaca Marcos Cherem.
“Para nossa felicidade, o procedimento foi um sucesso e, passado cerca de um ano das cirurgias, o paciente teve uma melhora expressiva e nunca mais foi internado pelas patologias tratadas. Inclusive deixou de fazer hemodiálise, pois a melhora cardíaca levou a uma recuperação significativa da função renal. Devido à idade avançada, era absolutamente contraindicado realizar cirurgia aberta, pois o risco seria muito alto”, continua Dr. Marcos.
A publicação na Revista ABC teve como coautores os hemodinamicistas Carlos Eduardo Bernini Kampis, Jamil Abdalla Saad e Dirceu Dias Barbosa Sobrinho, além do anestesista Márcio Sérgio Carvalho Silva e da professora da UFLA Ruthnea Aparecida Lázaro Muzzi.
“Mais uma vez a cardiologia praticada no Hospital Vaz Monteiro demonstra, que aquilo que podemos fazer aqui não fica a dever em nada aos grandes centros. E muito importante destacar que não interessa a idade, temos de buscar soluções para os casos dos nossos pacientes”, enfatiza Marcos Cherem.
Link do artigo na Revista ABC
