A roupa como um sinal do sagrado, como um modo de ser e estar no mundo. Essa é uma das propostas da mostra “Vestimentas Religiosas da Umbanda e do Candomblé”.
Em cartaz na Casa da Cultura até o próximo dia 27 em horário comercial, a exposição, organizada pelo professor e pai de santo Wagner Machado, faz um mergulho na religiosidade de matriz africana.
Batas e panos da costa oferecem aos olhos dos visitantes tecidos com texturas, símbolos e cores características de várias regiões do continente africano. O material faz parte da coleção pessoal do organizador. A exposição também apresenta aspectos da história orixás.
“Os africanos, mais do que ninguém, falam através de seus panos. Eles têm uma tradição em costurar suas próprias roupas, gostam de criar uma identidade. As vestes religiosas tem essa função de identificar as funções de seus adeptos e são parte integrante do rito”, afirma Wagner Machado.
A mostra “Vestimentas Religiosas da Umbanda e do Candomblé” integra a programação do Novembro Negro, promovida pela Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo (SECLT), que faz referência ao Dia da Consciência Negra, lembrado no dia 20 de novembro.
Para encerrar a programação, no próximo sábado (25), a Casa da Cultura promoverá, entre 10h e 19h, uma maratona de eventos. Haverá apresentações artísticas, encontro de brechós e venda de comida pelos integrantes da Associação Lavrense dos Artesãos e Arte Culinária (ALAC). A entrada é gratuita.
O evento tem como objetivo homenagear e lembrar a importância da cultura afro-brasileira, bem como promover a reflexão sobre a história, as lutas e as contribuições dos afrodescentes para a sociedade.